4 de out. de 2006

Minha própria síndrome

Sempre tive inveja daquelas personalidades que cederam seus nomes a diversas doenças físicas e mentais. Vou relatar aqui um distúrbio psico-emotivo meu que, tomara, um dia seja tratado pelos especialistas como "Síndrome berkodrat". Esse distúrbio apresenta dois níveis de intensidade, sendo o mais brando também conhecido como "Síndrome do que merda, acabou!" e o estágio avançado da doença conhecido como "Síndrome do puta que pariu, esqueci!". No primeiro estágio, o principal sintoma é a alta irritabilidade do ser quando é submetido a situações de final, término de algo, de alguma coisa. "Que merda, acabou a gasolina, vou ter que abaster. Que merda, acabou a água do limpador de pára-brisas, vou ter que pôr mais. Que merda, acabou a tinta da caneta, vou ter que comprar outra. Que merda, acabou o double drink, vou ter que ir embora. Que merda, acabou a luz, vou ter que acender uma vela. Que merda, acabaram as velas, vou ter que ser paciente. Que merda, acabou a paciência, vou ter que me matar. Que merda, acabaram as balas, vou ter que cortar os pulsos. Que merda, acabou o meu sangue e não morri, vou ter que chamar socorro. Que merda, acabou a bateria do celular, vou ter que recarregar. Que merda, mas acabou a energia!" No estágio avançado desta terrível pertubação psíquica, o indivíduo se torna ainda mais suscetível a um descontrole emocional devido a um incremento agravante na situação de origem. Explico; "Que merda, acabou a gasolina. Puta que pariu, esqueci de abastecer! Que merda, acabou a bateria do celular. Puta que pariu! Esqueci o carregador. Que merca, acabou a luz. Puta que pariu! Esqueci de comprar as velas. Que merda, acabou a paciência. Puta que pariu! Esqueci de amolar a faca".

Um comentário:

Anônimo disse...

que merda acabou esse texto!!! Puta que pariu! vc esquece de escrever o seu livro!