Mosquito Corno

Tenho medo de comentar em público que matei um mosquito que estava me picando e ser recriminado por alguém. “Mosquito? Como ousa chamar assim o Sir Pernilongo? Como ousa matá-lo?!”
É como chamar um juiz de Excelentíssimo, não vejo necessidade. Tá certo que o camarada estudou bastante, trabalhou alguns anos como advogado ou qualquer coisa assim, sempre muito dedicado, mas calma lá! Ele pode até ser muito bom, mas Excelentíssimo?!
Que exagero. Por que não chama logo de Todo Poderoso? “Excelentíssimo Senhor Juiz Todo Poderoso Maioral da Galáxia, o meu cliente gostaria de recorrer desta decisão”. “Caro advogado medíocre, tenha mais respeito quando me dirigir suas palavras imundas”.
Enfim, a idéia é a mesma. Não se pode valorizar muito, colocar no pedestal. Daqui a pouco esses mosquitos se juntam e vão querer dominar os homens. Seremos obrigados a doar nosso sangue e admirar seus zumbidos (aqueles que nos fazem dar tapas na própria orelha enquanto tentamos dormir).
Imagine o Bush como representante da raça humana (Urgh! Como é difícil) tentando negociar melhores condições para os homens junto ao mosquito-rei. Ops! Junto ao Excelentíssimo Senhor Pernilongo Todo Poderoso Maioral da Galáxia. “Nós suplicamos seu perdão e misericórdia. Por favor nos permita um dia semanal sem doar sangue a vocês, estamos morrendo aos montes, não suportamos mais a dor. Veneramos vossa superioridade mas suplicamos por clemência”.
Ou seja, para evitarmos este fatídico final da humanidade, é preciso que nos imponhamos mais enquanto há tempo. Veneno neles! Morte aos mosquitos! Mos-qui-tos! Nada de pernilongo. E se um deles tiver acabado de te picar, a forma de tratamento mais adequada passa a ser “Mosquito corno! Go to hell! Go to hell!”.
Um comentário:
Eu prefiro chamá-lo de "carapanã".
Valeu!
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